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Fim de tarde que fotografei no catamarã dos mergulhadores.

Fim de tarde que fotografei no catamarã dos mergulhadores em Abrolhos.

Liz, 86 anos, conversava animadamente com um jovem casal que se sentou ao seu lado para assistir ao espetáculo noturno no transatlântico em que viajavam pelas Bahamas.
– É a nossa primeira viagem marítima. E a senhora, gosta de viajar em navios?
– Gosto tanto que resolvi morar aqui!
– Como assim? A senhora mora no navio?!
– Sim! Não tive filhos nem maridos, e meus melhores amigos morreram. Então, há cinco anos, pensei em sair do apartamento em que morava sozinha e ir para um lar de idosos. Visitei alguns, nenhum me agradou. Fiz as contas das despesas e concluí que seria muito mais agradável e até econômico morar em um navio. Aqui tenho tudo à minha disposição: um quarto confortável com vista para o oceano, restaurantes, pessoas da equipe com quem fiz amizade, um grupo enorme de turistas do mundo inteiro com quem posso conversar, e muita diversão!
Cultivar a capacidade de pensar soluções não convencionais pode abrir perspectivas muito interessantes para viver bem. “O que posso fazer de melhor para mim mesma, nessa etapa da vida”? – é a pergunta que norteia as pessoas que, como Liz, valorizam cada dia como um presente a ser aproveitado da melhor forma possível, em vez de se perderem no labirinto de queixas e na amargura da solidão.
O envelhecimento, como as demais fases da vida, é época de transformações e de continuidade do processo de desenvolvimento pessoal. Nunca é tarde para ousar aprender coisas novas ou para, simplesmente, mudar de rumo ao criar novas metas de vida.