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Seres diferentes convivendo no mesmo espaço. (Fotografei na Barreira de Coral, Austrália).

A UNESCO e sua rede de escolas associadas (PEA-UNESCO) elegeram 2016 o Ano Internacional do Entendimento Global. É um convite para “refletir a partir de uma perspectiva mundial e intervir no plano local”, com foco na sustentabilidade do planeta. Isso inclui, entre outras coisas, a revisão e a mudança de hábitos nocivos para o meio ambiente, a responsabilidade individual e coletiva das ações cotidianas, assim como a colaboração de profissionais de várias áreas para criar melhores práticas para garantir o desenvolvimento sustentável, para que todos possam viver melhor em um mundo cada vez mais globalizado.

No final de 2015, a Conferência do Clima, em Paris (COP 21), chegou a um acordo entre 195 países para assumir compromissos de redução expressiva de emissões de gases do efeito estufa para que o aumento da temperatura média do planeta não ultrapasse 1,5°C. Embora seja a primeira vez que se alcança um entendimento global sobre a necessidade de mitigar os efeitos das mudanças climáticas, muitos criticaram a indefinição de metas mais concretas para que a necessária redução seja alcançada.

O Papa Francisco, na Encíclica Laudato Sí (2015) nos exorta a falar a língua da fraternidade e a desenvolver a percepção de nossa conexão com tudo o que existe para unir a família humana na busca do desenvolvimento sustentável e integral, colaborando na construção da nossa casa comum e evitando o perigo da globalização da indiferença. Há uma profunda crise socioambiental, a exigir uma abordagem integrada que, simultaneamente, combata a pobreza e cuide da natureza.

O que predominará? A visão de curto prazo devido à ganância para manter os lucros garantidos pelo petróleo e outras fontes poluentes? A forte resistência para mudar os fundamentos econômicos e ousar fazer mudanças radicais no conceito de “desenvolvimento e progresso” para mudar substancialmente o estilo de vida? A imensa sede de poder e dominação que obstrui a visão de que é necessário cuidar melhor da família humana e da casa planetária? Ou a gradual compreensão de que precisamos mudar a maneira de lidar com o dinheiro? A consciência de que estamos todos no mesmo barco e precisamos cuidar melhor de tudo e todos? A percepção mais aguçada da delicada e complexa teia da vida, que inclui todos os ecossistemas e a biodiversidade?

A esperança maior está na expansão do protagonismo juvenil. Jovens líderes globais, ousados e empreendedores, apresentam propostas para governos, empresas e outras organizações para que busquem soluções inovadoras para problemas globais, no sentido de construir sociedades onde seja possível viver com paz e prosperidade. Em nosso mundo interdependente, é missão de todos nós colaborar para educar as novas gerações que estão chegando ao planeta para desenvolver as competências necessárias para alcançar a meta do entendimento global.

http://www.global-understanding.info/pt/

https://laudatosi.com/watch

http://www.engajamundo.org/o-engajamundo/

http://www.weforum.org/community/forum-young-global-leaders