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Fotografei essa geleira na Patagônia Argentina há pouco mais de uma década. Como estará agora?

É imperativo construir resiliência em indivíduos, comunidades, organizações e países para enfrentar os riscos globais. E isso só é possível por meio da colaboração entre os mais diversos atores (governantes, cientistas, empresários, profissionais de várias áreas e sociedade civil) para que as ações pertinentes possam ser feitas. Essa é a mensagem central do Relatório sobre Riscos Globais 2016 do Fórum Econômico Mundial, que li com muito interesse.

Os principais riscos apontados referem-se às mudanças climáticas e seu impacto na segurança alimentar, na produção agrícola e no acesso à água, não só nos países menos desenvolvidos como também nos que exportam alimentos.

Outros desafios apontados: o fluxo crescente de refugiados, os índices persistentes de desemprego, a rápida propagação de doenças infecciosas por diversos países, a quebra da confiança nos governantes em função da falta de transparência que favorece a corrupção, os ataques terroristas e os ataques cibernéticos. Tudo isso provoca desestabilização social e, sem sociedades estáveis, é difícil construir resiliência.

Por outro lado, os rápidos avanços da tecnologia e da informática continuam transformando a maneira de viver, de se relacionar e fazer negócios: é a Quarta Revolução Industrial, que apresenta riscos e oportunidades. Dentro em breve, robôs serão capazes de realizar um número crescente de tarefas ainda desempenhadas por trabalhadores humanos e a Internet das Coisas também resultará em uma profunda reestruturação do sistema de trabalho. Também o sistema educacional precisará de amplas revisões, privilegiando cada vez mais a capacidade de aprender a aprender, de trabalhar em equipes de colaboração e de desenvolver a inteligência de relacionamentos.

O acesso à tecnologia ampliou a manifestação da insatisfação não somente por meio de protestos online mas também como instrumento para reunir um grande número de pessoas em ações presenciais. Quando os governantes se dispõem a ouvir atentamente as mensagens da população, conseguem abrir espaço de participação para efetuar as ações necessárias, adotando posturas de transparência e de combate eficaz à corrupção, entre outras práticas.

A grande questão é ver como a comunidade global, a partir da percepção dos riscos, aproveitará a oportunidade de criar ambientes de colaboração para gerar recursos para prevenir ou mitigar os efeitos adversos de eventos catastróficos em um mundo complexo e em rápida mutação. Todos nós precisamos nos envolver nesse trabalho de construção coletiva!

O Relatório pode ser acessado em: http://www3.weforum.org/docs/GRR/WEF_GRR16.pdf