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2016-Itamonte

Aproveitar as oportunidades que surgem abrem trilhas interessantes no caminho da vida. (Fotografei em Itamonte, MG)

“Eu estava muito preocupada com meu filho. Ele não tinha sonhos, não sabia o que queria da vida. Depois que entrou para a aula de vôlei na Cruzada conseguiu ser federado e leva a sério sua preparação. Diz que atleta não tem férias, que precisa cuidar da alimentação. Agora eu o vejo feliz, com objetivos, dedicado ao esporte. O desempenho na escola melhorou muito. O pai, que era muito ausente, agora participa mais da vida da família”. O jovem, de 13 anos, acrescenta: “Agora eu tenho um foco. Mesmo nas fraquezas, levanto a cabeça e sigo em frente, mesmo perdendo, mantenho o sorriso”.

“Minha filha, com 12 anos, passou a ter mais responsabilidade com os horários, tem disciplina. Estava muito ociosa, agora faz aulas de vôlei, judô, capoeira, hip-hop e cuida da roupa do esporte. Aliás, eu também entrei nessa dança e já perdi cinco quilos, estou mais animada. Além disso, com a ajuda da equipe, voltei ao mercado de trabalho. Fiz um curso de culinária e passei a fazer bolos, doces e salgados para vender. Consegui conciliar o tempo de cuidar da família e produzir”.

“Os professores da creche educam os pais na relação com os filhos” – disse a mãe de um menino de dois anos. “Confesso que eu sofria agressões do meu marido, e isso acabou depois que passamos a frequentar as reuniões de família. Fiz amizade com muitas mães, trocamos ideias, comemoramos aniversários juntas. A gente que mora em comunidades vê muitos pais que não cuidam dos filhos, vale a pena se acostumar com coisas boas”.

Da mãe de uma menina de quatro anos, que nasceu com síndrome de Down: “Parei de trabalhar para cuidar da minha filha, mas vi que ela precisava de outros cuidados. A creche acolheu nossa família com carinho e minha filha está se desenvolvendo muito bem, está mais sociável, desenvolveu a fala e a motricidade. Comecei a desenvolver grupos de apoio a famílias que passam por essa situação e transmitir informações para quem tem preconceitos de se aproximar de crianças como ela”.

Ao final da reunião do Conselho Consultivo da ONG Cruzada, da qual faço parte, algumas mães e alunos que frequentam a creche e os projetos do Plantando o Amanhã falaram sobre o impacto desse trabalho em suas famílias. Com o propósito de educar para transformar, a Cruzada estimula a participação das famílias e o desenvolvimento das competências de todos.